terça-feira, 25 de março de 2008

De olho no BBB 8

Hoje acontece a finalíssima do Big Brother Brasil 8. Eu, como bom viciado no programa, vou assistir com os olhos grudados na telinha. Não tenho torcida por nenhum dos dois, Rafinha ou Gyselle, apesar de ter uma inclinação maior para o emo metido a músico do que para a cajuína mau caráter. Não vou entrar no mérito de analisar ambos.

O meu candidato favorito, Marcelo Arantes, já esmiuçou muito bem cada um ali naquela casa. Pena que não esteja concorrendo hoje ao prêmio. Merecia, principalmente por ter agitado aquele casebre. Não ganhou por conta daquele gênio difícil, que o levou a ser chamado de "louco", "psicótico", entre outros tantos termos pejorativos. Mas sinceridade como aquela, mesmo que muitas vezes grosseira, é difícil e louvável de se achar num programa como o BBB. Foi corajoso ao cutucar na ferida de todos ali dentro. Errou na mão ao internalizar demais "O Justiceiro", pela sexualidade que o público, ignorante, obviamente não iria entender (quem disse que gay só pode se apaixonar por homem e hetero só pode se apaixonar por mulher?) e por confiar demais numa criatura que lhe deu as costas no momento em que ambos mais precisavam um do outro. Mas é a vida. E, querendo os outros brothers invejosos ou não, continua sendo o mais aparece, mesmo fora da casa. Viva!


Outra que eu adorava também já se fué. Numa votação injusta, diga-se de passagem. A gaúcha de Passo Fundo, Natália Casassola, falava de sexo a dar com pau (sim, com dupla interpretação), assunto que todos tratam como tabu num programa de TV, além de tentar ao máximo compreender e ser amiga de toda aquela cambada fingida que habitou a casa por quase três meses. No que ela errou? Em chorar demais e puxar o saco dos líderes, mesmo que involuntariamente. Afinal, a bela loura não tem Q.I. para tanto. O que ela compensa com o coração, maior que o de todos os mais de 100 BBBs juntos. E por ter vivido aquela casa com tanta felicidade. E autenticidade.

Sim, é uma análise superficial de um jogo tão rico em sutilezas e detalhes. Talvez se eu tivesse escrito sobre o programa aqui, desde o início, nem que fosse uma vez por semana, cada (pseudo) personalidade poderia ser descrita, compreendida, criticada. Aos 45 do segundo tempo é difícil fazer isso. Num jogo que, por milagre, não teve "heróis" ou "vilões" (por mais que tenham tentado colocar esta alcunha no meu psiquiatra favorito), ficou difícil escolher alguém para torcer. Por sorte consegui dois candidatos que, espero um dia, conhecer. Pode parecer ridículo, mas quando se passa dias e mais dias acompanhando as alegrias, as tristezas, as farpas, os quase-amores, é difícil não estabelecer uma certa intimidade com os jogadores.

Enfim. Já foi dito. Hoje é o fim. Metade dos visitantes nem deveria cogitar que eu gostasse tanto de um reality show. Logo eu, que adorava criticar um programa do gênero. As coisas mudam. Ainda bem. E amanhã a vida volta ao normal. Com a esperança de um Marcelo e/ou uma Natália no BBB 9. Ou vai ser difícil eu acompanhar MESMO o programa. E a torcida de hoje? Continuo sem. Os meus vencedores foram os únicos verdadeiros dentro da casa.